Pesquisar este blog

quarta-feira, 23 de março de 2011

Jetta mais perto do bolso

Esqueça o motorzão 2.5 de cinco cilindros. Esqueça, também, o interior requintado. O novo Jetta, que está chegando às lojas, está menos sofisticado. Em compensação, ficou mais barato. Simplificando a mecânica e o acabamento, o sedã mexicano agora consegue disputar mercado com os sedãs médios (Civic, Corolla e companhia). Antes, custando acima de R$ 80 mil, ele brigava com Ford Fusion – e apanhava todo mês.
Agora, o preço começa em R$ 65.755. Milagre? Não. Em vez do motor 2.5, agora o Jetta mais barato (Comfortline) vem com motor 2.0 de quatro cilindros e 120 cv, o mesmo do Bora e do Golf. A ideia é que ele ocupe o lugar do Bora e passe a brigar com japoneses da Honda e Toyota. Além do câmbio manual que equipa o modelo mais barato, o Jetta pode vir também com transmissão automática de seis marchas, por R$ 70.005.
Afora a versão com motor aspirado, a Volkswagen também oferece a versão Highline, com motor 2.0 TSI turbo, de 200 cavalos, e câmbio DSG, automatizado de dupla embreagem e seis marchas (R$ 89.520). Pelas estimativas da Volkswagen, o 2.0 aspirado deverá responder por 70% das vendas, por conta do preço mais atraente.
Em termos de estilo, o modelo ganhou linhas mais retas. Os faróis trazem a identidade comum aos modelos da marca, e que podem ser vistos do Fox à Amarok. A grade cromada foi trocada por uma mais fina, com acabamento preto brilhante. A parte inferior do para-choque recebeu um apêndice aerodinâmico semelhante ao de carros de corrida. As laterais têm vincos mais bem definidos (especialmente na altura do “ombro”), e a traseira recebeu lanternas retas.
Os irmãos Marco Antonio e José Carlos Pavone, designers que atuam na matriz da Volkswagen, em Wolfsburg, desde 2006, trabalharam no estilo externo do carro. Segundos eles, o fato de o Jetta não utilizar mais a plataforma do Golf deu mais liberdade de criação aos designers, além de maior personalidade ao sedã. Sem as amarras do hatch, o Jetta cresceu. No comprimento, o acréscimo foi de 9 cm (para 4,64 m). A distância entre-eixos cresceu 7,3 cm (para 2,65 m). O resultado é que o espaço aumentou, especialmente no banco traseiro (para joelhos e ombros). Mesmo assim, graças à utilização de chapas de aço de resistência variável, o novo modelo ficou 30 kg mais leve.
Em termos de mecânica, o motor 2.0 não reserva grandes emoções. O câmbio AQ250 Tiptronic (fornecido pela Aisin) de seis marchas é muito bom, e oferece borboletas no volante para trocas manuais. O problema é o motor 2.0, de oito válvulas e apenas 120 cavalos.



Além de andar menos que o modelo anterior (nessa versão), o novo Jetta também ficou com o interior mais simples (em todas as versões), para poder brigar em preço com os sedãs médios. Em compensação, o modelo tem monitor multimídia sensível ao toque (opcional). A partir de junho, deverá receber GPS.
Afora o bom espaço para ocupantes, o Jetta também tem bom porta-malas, para 536 litros. Mas o modelo ainda traz braços na tampa, que roubam um pouco de espaço de bagagem.
A suspensão traseira utiliza eixo de torção na versão Comfortline e multibraços (independente) na Highline. O acerto é bom em ambos, mas com evidente vantagem para o modelo turbo.O Jetta não oferece faróis de xenônio. De série, traz quatro airbags, rodas de liga aro 16, controle de tração (que não pode ser desligado), sensores de estacionamento, etc. A garantia é de apenas um ano (três anos somente para motor e câmbio). Nesse segmento, os concorrentes oferecem no mínimo três anos de garantia integral.


Nenhum comentário:

Postar um comentário